CAPÍTULO 24 – AS PRINCIPAIS DOENÇAS

Escrevi, de maneira bastante genérica, sobre os três mais importantes órgãos do corpo humano; agora passarei a explicar sobre as principais doenças.

1) Doenças renais e correlatas

Depois dos três órgãos principais, os rins exercem o papel mais importante no organismo. Como a própria medicina revela, esse órgão recolhe um importante hormônio do sangue concentrado no seu interior e remove para a bexiga a urina, que é o líquido residual a ser expelido. Se os rins estivessem funcionando perfeitamente, tudo transcorreria de acordo com essa explicação. Entretanto, na realidade, conforme o avanço da idade – de criança para adolescente, de adolescente para jovem e, mais tarde, para a senilidade – é muito normal a debilitação gradativa do seu funcionamento; a causa consiste no atrofiamento dos rins.

Qual o motivo desse atrofiamento? Conforme foi dito anteriormente, quando os rins procedem à separação das substâncias úteis e não úteis, há casos em que a elas se mistura um corpo muito estranho. Nem é preciso dizer que esse corpo estranho é a toxina dos remédios. Como ela é eliminada?  A toxina não se transforma nem em hormônio e nem em urina. Por isso, ela se infiltra nas paredes dos rins e, ao penetrar na parte dorsal, vai se acumulando aos poucos. Quando essas toxinas vão se solidificando e começam a pressionar os rins, estes vão se atrofiando gradativamente, acarretando a diminuição da produção de hormônios (na maioria dos casos essa é a causa da frigidez); ao mesmo tempo, a eliminação da urina também vai se tornando difícil. Como um pouco da urina extravasa e adiciona-se à toxina do remédio, o volume do nódulo de toxina aumentará significativamente, passando a se acumular em cada lado da coluna vertebral. Isso vai se estendendo para cima até alcançar as proximidades do pescoço e dos ombros. É esta a causa do enrijecimento dos ombros e pescoço.

Um fato interessante é que podemos distinguir os dois tipos de toxinas solidificadas. Isto é, se apertarmos com o dedo a parte afetada, veremos que as solidificações originadas pelo medicamento são duras, têm dor e são persistentes, ao passo que o nódulo formado pela urina é maleável, quase indolor. Como as toxinas vão penetrando até alcançar o interior do cérebro, conseqüentemente ocorrerá a purificação. Essas purificações são: peso na cabeça, dores de cabeça, meningite, a encefalite japonesa, meningite cérebro-espinhal, hemorragia cerebral e outros tipos de doenças cerebrais.

É muito simples descobrirmos a existência de toxinas na cabeça, pois basta tocá-la com as mãos. Se ela tiver um mínimo de febre, será sinal de que existem toxinas; quanto maior for a intensidade do calor, maior é a quantidade de toxinas. Hoje em dia, provavelmente inexiste pessoa sem febre.

a) Meningite

Meningite é uma purificação intensa e abrupta das toxinas que se solidificaram na parte frontal da cabeça; essa doença é mais freqüente entre as crianças, porque nelas a força purificadora é mais intensa. Em outras palavras, essa doença, juntamente com a febre alta, apresenta uma outra característica: dores violentas na parte frontal da cabeça e incapacidade de abrir os olhos devido à tontura e ofuscamento. Entretanto, se deixarmos a doença seguir seu curso normal, sem fazer nada, o nódulo de toxinas se dissolverá e será expelido em forma de lágrimas e mucos, e haverá cura completa. A lucidez da mente será maior do que a da fase anterior à doença e as crianças, por exemplo, terão um excelente aproveitamento escolar, o que espantará até os próprios médicos e as pessoas em geral. Entretanto, como o tratamento médico consiste em solidificar essas toxinas com bolsas de gelo e outros meios, embora pareça que a febre tenha desaparecido e aparentemente advenha a cura, esse nódulo prejudicará o trabalho do órgão, e manifestará enfermidades, como, por exemplo, a demência e inúmeros outros sintomas lesantes.

b) Encefalite Japonesa

Como um dos exemplos de sintomas lesantes, temos a encefalite japonesa, que, segundo a estatística, é encontrada em maior número entre as pessoas de faixa etária de cinco a dez anos de idade, aproximadamente. Como podemos perceber através disto, ao brincar sob o sol de pleno verão sem o uso de chapéu, o cérebro recebe diretamente fortes raios solares, e as toxinas localizadas na parte dorsal e ombros, dissolvendo-se, subirão em direção ao cérebro e ali passarão a concentrar-se. Nessa ocasião, as toxinas ficarão concentradas nas proximidades do bulbo raquiano por um certo período e, se tocarmos com a mão nessa região, percebemos a formação de um nódulo de formato oblongo; como isso penetra no interior da cabeça após a dissolução, através de febre alta sentir-se-á muito sono. Entretanto, no tratamento médico esse nódulo é solidificado através de aplicações de bolsa de gelo, causando, posteriormente, inúmeros sintomas lesantes iguais aos da meningite. Se deixarmos sem fazer nada, as toxinas que penetraram na parte posterior da cabeça ultrapassarão o cérebro e, transformados em sangue misturado com pus, serão eliminadas através dos olhos, nariz e boca e, quando forem expelidas totalmente, a recuperação será completa. Com a sua cura, no caso de crianças, o aproveitamento escolar será bem melhor, como acontece no caso da meningite. Além disso, embora não haja absolutamente nenhum risco de vida, a morte por essa enfermidade ocorre justamente pelo uso de métodos incorretos, como, por exemplo, a aplicação de bolsa de gelo.

A encefalite japonesa manifesta-se durante a temporada de verão, ao passo que a meninge-encefalite ocorre durante o inverno.

 c) Meningo-encefalite

Da mesma forma que na encefalite japonesa, no caso da meningo-encefalite as toxinas se solidificam em forma oblonga nas proximidades do bulbo raquiano, mas, diferentemente do que acontece no verão, por não haver exposição à luz solar, elas estacionam no meio do curso. A característica dessa doença é a impossibilidade de mexer o pescoço para frente e para trás, devido à formação da toxina em formato oblongo. Ela possui exatamente o formato de um toro e é, por isso, facilmente identificável. Como ela é semelhante à encefalite japonesa, não há necessidade de maiores explicações.

 

2) Doenças dos olhos

A seguir, abordarei detalhadamente vários outros sintomas, além da enfermidade do cérebro.

Como foi dito anteriormente, devido ao atrofiamento dos rins, as toxinas que se deslocam em direção ao cérebro solidificam-se também nas proximidades do bulbo raquiano, de modo que a veia que transporta o sangue para o globo ocular fica comprimida e os olhos ficam com anemia. Quer dizer, devido à insuficiência nutritiva dos olhos, a visão se enfraquecerá e faltará poder de visão à longa distância. Essa é a causa da miopia. Isso é evidente pelo fato de que a cura total da miopia se dá conforme a dissolução desse nódulo de toxinas.

O astigmatismo também tem a mesma causa. Porém, nesse caso, devido à purificação, dependendo da pessoa, a forma do nódulo de toxinas treme incessantemente e, como comprime a veia irregularmente, a visão também sofre tremulações.

No caso da catarata, a impossibilidade da visão se deve à agregação de toxinas no fundo dos olhos, as quais interceptam o nervo óptico. Na catarata e no glaucoma, as toxinas se solidificam no próprio globo ocular e, por isso, se as deixarmos sem fazer nada, elas se dissolverão naturalmente e haverá uma cura completa. Entretanto, como o tratamento médico recomenda o uso de colírios, aplicações de injeções nos globos oculares, etc, essas toxinas se solidificam, devido ao tóxico dos medicamentos, e a doença dos olhos, que teria possibilidade de cura, conseqüentemente passará a ser incurável.

Desse modo, o que ocorre em todas as doenças dos olhos é que as toxinas concentradas no cérebro, procurando uma saída, tentam ser expelidas pelos globos oculares; então, concentram-se periodicamente neles, dissolvem-se novamente e saem em forma de pus, remelas e lágrimas. Portanto, embora seja um pouco demorado, se as deixarmos sair livremente, a cura é certa.

Quanto ao tracoma, a sua cura se processa de uma maneira bastante natural e simples, pois as toxinas no cérebro, tentando sair pela membrana mucosa da parte posterior das pálpebras, transformam-se numa erupção e são eliminadas em forma de pus.

 

3) Doenças do nariz e ouvidos

A seguir, falaremos sobre as doenças referentes ao nariz; no pólipo nasal, na rinite hiperplástica, na coriza e em todas as outras, as toxinas do cérebro se concentram periodicamente em ambos os lados do nariz, no fundo do nariz, na entrada do nariz, etc, e são expelidas. Como a medicina aplica tratamentos contrários, essas doenças, que seriam curadas naturalmente, passam a ser incuráveis.

Na timpanite, as dores são causadas pela dissolução das toxinas encontradas nas proximidades da parótida e das glândulas linfáticas que, por causa da febre alta, atravessam o osso, entram nos tímpanos e, rompendo a membrana dos tímpanos, são expelidas. Ela é curada sem nenhuma dificuldade, se deixarmos que siga seu curso natural por dois ou três dias.

 

4) Amidalite

A seguir, tratarei da amidalite; também nesse caso, à medida que, com o transcorrer dos dias, as toxinas localizadas nas proximidades das glândulas linfáticas se solidificam nas amídalas, são dissolvidas pela febre alta e são expelidas, obstruindo a membrana mucosa, sendo, pois, uma ação purificadora bastante simples e boa. A medicina, entretanto, através do uso de emplastros tais como Solução Lugol, atrapalha o processo purificador e, ao mesmo tempo que o distorce, provoca uma inflamação; aí já não há outro remédio senão recorrer à operação. Por essa razão, senhores leitores, quando contraírem essa doença, experimentem não fazer tratamento algum e deixar que ela siga o seu curso natural, pois verão que não só ficarão curados da doença sem maiores dificuldades, e dentro de poucos dias, mas também que, no caso de ressurgimento, cada vez mais ela se tornará leve, até que seja curada totalmente. Poderão ter certeza disso através da minha própria experiência de ter curado uma amidalite crônica, e também pelo fato de, tendo ensinado esse método a inúmeras pessoas, terem todas elas, sem exceção, obtido a cura completa.

 

5) Gengivite (Odontite)

Existe um fato muito interessante. Não posso afirmar que seja uma doença de grande incidência, mas ela é um tanto incômoda; é a doença chamada odontite. Trata-se de uma espécie de purificação em que as toxinas das proximidades das glândulas linfáticas se concentram principalmente nas gengivas, e são expelidas em forma de pus misturado com sangue; por essa razão, digo que não há nada mais sujo, pois, originariamente, é a urina envelhecida que sai pela boca. Seu tratamento não requer muito trabalho. Basta esfregar as gengivas com uma escova dura, pois, com isso, sairá pus misturado com sangue; depois de ele ser completamente expelido, a pessoa estará curada.

Com base no que foi dito, fica claro que todas as toxinas mencionadas inicialmente, que são causas da gripe e se solidificam na parte do ombro para cima, têm sua origem nos rins. Sendo assim, creio que perceberam que a gripe, a tuberculose, a pneumonia, enfim, quase todas as doenças, são causadas pelo atrofiamento dos rins.

 

6) Outras doenças

Entretanto, não são apenas essas doenças: a pleurisia, a peritonite, o reumatismo, a nevralgia, as doenças de mulheres, etc, também são causadas pelo atrofiamento dos rins, assim como a cárie, doenças do fígado, icterícia, diabete, cálculo renal, biliar e da bexiga, asma, apoplexia, paralisia infantil e as doenças mentais. Sendo assim, evitar o atrofiamento dos rins é a condição número um para preservar a saúde. Explicarei ordenadamente sobre essas doenças e, ao lerem as explicações, os senhores compreenderão melhor. Tendo esse princípio como base, o essencial é fazer com que os rins trabalhem cem por cento, mas, para tanto, é necessário dissolver e eliminar os nódulos de toxinas e tentar evitar ao máximo a sua formação. Entretanto, isso é impossível, mesmo por meio dos vários tipos de tratamentos existentes atualmente; pelo Johrei da nossa Igreja, porém, isso é possível. Portanto, através desse fato, verifica-se que não é um erro esperarmos por um mundo desprovido de doenças.

 

7) Pleurite (pleurisia)

A pleurisia, como a Medicina fala, se dá quando se acumula água entre as membranas que envolvem o pulmão. Nesse caso, ela é chamada pleurisia exsudada; quando há o acúmulo de pus, é chamada pleuropiose; quando não há acúmulo de nada, mas surge um espaço vazio entre as membranas, sente-se dores por causa do contato entre uma membrana e outra, é chamada pleurisia seca.

A causa da pleurisia exsudada é, sem dúvida, a aplicação de força, como quando se é golpeado fortemente no peito ou quando se alça os braços colocando muita força, ao fazer ginástica olímpica. Mas existem casos em que a doença surge sem qualquer motivo aparente, e mesmo sem se ter empregado força nenhuma.

Esse acúmulo de água entre as membranas é, sem dúvida, a urina; nos tratamentos médicos, essa água é retirada através de punção, e o resultado é razoável. Entretanto, isso se torna vício e a doença pode, eventualmente, se tornar crônica. Nessa etapa, a água se transforma em pus, e a doença passa a ser chamada pleuropiose.

Existe outro tipo de pleurisia, e nesse se dá o acúmulo de pus desde o início, mas todas elas possuem a tendência de se tornarem crônicas e, na maioria das vezes, faz-se sair o pus pelo orifício da punção. Quando se atinge esse estado, a recuperação será difícil. Ela se torna grave e, na maioria das vezes, é fatal. Esse tipo de pleurisia obviamente é mais encontrado nas pessoas com grande quantidade de toxinas de remédios. No caso da pleurisia exsudada, no início, quanto mais a pessoa respirar fundo – devido à febre alta e às dores no peito -, mais dores sentirá, mas quando a água se acumula em grande quantidade, se tornará indolor, e isso é causado pelo desaparecimento do contato das membranas. Também diminuirá a saída de urina e as características dessa doença são o sono e o suor noturno. Este último é muito bom, pois significa que a água que se acumulou está saindo, através da pele; é melhor deixar sair à vontade, pois quando terminar a eliminação, advirá a cura.

Percebe-se, então, o quanto é grande o erro na medicina, que, por desconhecimento desse fator, tenta parar o suor noturno, considerando-o prejudicial; isso torna a doença incurável.

Na pleuropiose, o pus infiltra-se no pulmão e é expelido através da tosse. Portanto, basta deixar sair naturalmente.

A pleurisia seca (pneumotoráxica) é uma doença que não existe em grande número. Parece que os diagnósticos médicos freqüentemente a confundem com a neuragia intercostal, mas esta também é uma doença que pode ser facilmente curada.

Existem muitas pessoas que, de pleurisia, passam a ter tuberculose pulmonar, e isso é causado pela infiltração do pus ou da água da pleurisia no pulmão, os quais, devido à aplicação de tratamentos errôneos como o repouso, passam a se solidificar dentro do pulmão. Portanto, se tivessem deixado atuar livremente, desde o início, sem qualquer tratamento, não teriam contraído tuberculose.

 

8) Peritonite

No caso da peritonite (barriga-d´água), da mesma forma que na pleurisia, ocorre o acúmulo de água entre a membrana peritoneal e uma outra membrana, criando-se um grande volume. Na medicina, para retirar essa água, aplica-se o método de punção, o que é bastante ruim, pois a punção terá apenas efeito periódico, e a água tornará a se acumular. Então, tornam a retirá-la, criando um círculo vicioso. O pior é que o período desse processo vai se encurtando e a quantidade de água vai aumentando gradativamente. Se isso se repetir por muitas vezes, o volume da barriga aumentará ainda mais, crescendo a ponto de chegar a ficar maior que a barriga de uma gestante no seu último mês de gravidez. Quando se atinge esse ponto, não há mais salvação. Como a causa disso é o atrofiamento dos rins, é claro que, enquanto este não for curado, jamais advirá a cura completa.

No caso da peritonite purulenta, as toxinas transformam-se em pus, e acumulam-se nas circunjacências do umbigo; por isso, não cria volume, como no caso da barriga-d´água; muito pelo contrário, a parte abdominal chega a ficar mais baixa do que o normal. Poderão distingui-la, pois, apalpando a região, sentirão que existem vários pontos endurecidos, os quais causam dores sufocantes. Já no estado crônico da doença, sente-se dor leve, acompanhada de diarreia, que perdurará por longo tempo; existem pessoas que levam muitos anos para alcançar a cura. Entretanto, como a medicina, procurando curá-la através do uso de medicamentos, faz com que se tome remédios, na realidade, ocorre um adicionamento de tóxicos. Por isso, a cura, que seria perfeitamente possível, acaba por tornar-se impossível.

O que existe de mais terrível é a peritonite aguda. Essa enfermidade é acompanhada de febre alta repentina e dores violentas, quase insuportáveis, o que faz com que os portadores dessa doença se contorçam de dor, como um camarão. Na medicina, como tratamento, realizam incisões cirúrgicas, mas como isso acarreta um péssimo resultado, parece que atualmente ela não tem sido realizada com muita freqüência. Através do Johrei, essa doença pode ser curada completamente no período de uma a duas semanas. Por ela ser uma purificação muito forte, não há a menor dúvida de que é muito comum entre os jovens. Essa doença é chamada peritonite purulenta, e apresenta diferença de gravidade, conforme a pessoa; podemos dizer, entretanto, que não existe pessoa que absolutamente não a possua.

Devo chamar a atenção para o fato de que as pessoas que fazem força na região do abdome – na prática de respirações abdominais ou do Zen, por exemplo – precisam tomar cuidado, pois, como as toxinas se acumulam nessa parte, elas tornam-se suscetíveis à contração de peritonite.

 

9) Asma

A medicina nada entende sobre a asma; isto porque a explicação dada pela medicina sobre a asma está completamente fora de questão. É um tanto engraçado, pois dizem que a sua causa se relaciona com a alergia, tensão do nervo pneumogástrico, hipersensibilidade, e chegam até mesmo a dizer que existe relação com os alimentos, com o terreno, e há ainda outros que afirmam a existência de relação com o quarto e até com a cor das paredes. Por isso gostaria de explicar minuciosamente.

Como dizem na medicina, existem, genericamente, dois tipos de asma: a asma bronquial e a cardíaca (esta última é também chamada atualmente de asma alérgica). Primeiramente, começarei a escrever sobre a asma cardíaca: neste caso, as toxinas formam, no início, um nódulo na parte exterior do diafragma. Quando ocorre a purificação, esse nódulo se dissolve através de pequena febre, passa para o estado líquido e infiltra-se no pulmão, para sair em forma de catarro. Como existe uma certa distância entre o diafragma e o pulmão, o líquido não consegue se infiltrar. E também, quando a pessoa possui uma membrana pulmonar mais delgada, mesmo que o nódulo de toxinas das costelas se transforme em líquido através da purificação, será difícil a sua infiltração. Por isso, o pulmão se alargará, na tentativa de absorvê-lo. Estas são as suas duas causas.

Assim, devido a violentas atividades desse tipo, o pulmão reduz a sua capacidade de absorção do ar, que é a primordial, ficando num estado de asfixia. Dizem que, quando as toxinas liquefeitas que penetraram no pulmão são expulsas juntamente com a tosse em forma de escarro, o ataque torna-se ameno por um período e, ao se contrair pneumonia, sente-se melhora momentânea. Isso ocorre pela dissolução do nódulo por causa da febre alta, e por sua saída em forma de catarro. Para comprovar a realidade do princípio acima, basta, antes de mais nada, apalpar com os dedos a região do diafragma do portador de asma cardíaca, pois aí encontraremos o nódulo.

A seguir, tratarei da asma bronquial. Como as toxinas que se acumulam nas proximidades da costela se dissolvem pouco a pouco por causa da purificação, o pulmão tenta absorvê-las, fazendo um violento exercício de bombeamento. Isso é a tosse, e através dela o escarro será expelido, o que causa, por alguns momentos, uma sensação de melhora. Quanto maior a quantidade de catarro expelido, mais rápida será a cura; por desconhecer esse fato, a medicina usa o método de solidificar esse nódulo o máximo possível. Dessa maneira, não só diminui aos poucos a eliminação do catarro, mas estar-se-á adicionando, também, mais tóxicos, dificultando assim a cura, e tornando a doença crônica. Por isso, é como se estivessem pegando água com peneira. Aí está a razão das pessoas sofrerem dezenas de anos sem obter cura.

Quando penso nisso, sinto muita pena, tanto dos pacientes como dos médicos, mas tenho o constante desejo de conscientizá-los de alguma forma.

 

10) Cálculo do fígado, biliar e da bexiga

A doença do fígado, freqüentemente diagnosticada pela medicina, na verdade não passa de um engano, pois o fígado em si não apresenta nenhuma anomalia, sendo, pois, confundida com a toxina que se solidifica na parte externa do fígado. É uma doença complicada, pois essa toxina pressiona o fígado, e não só causa muitas dores, mas também pode tornar-se a causa da icterícia. Uma vez que o fígado é pressionado pela toxina, a vesícula biliar, situada na parte posterior do fígado, também será pressionada e passará, então, a expelir a bile que circulará pelo corpo inteiro – isso é a icterícia. Entretanto, a icterícia não só é uma doença que modifica a cor da pele, mas também impede as atividades do estômago. Isto porque a bile é enviada incessantemente para o estômago através do duto biliar, para ajudar a digestão; devido ao processo mencionado anteriormente, o seu fornecimento é reduzido.

Portanto, para se curar verdadeiramente essa doença, não há outro meio senão dissolver e eliminar o nódulo de toxina da parte externa do fígado, que é a sua origem. Como isso é impossível para a medicina, ela emprega, como única saída, o método que proporciona alívio momentâneo, para obter uma pequena melhora.

Agora, passarei a escrever sobre o cálculo; o mais comum é o cálculo biliar, que se forma dentro da vesícula biliar. Quando esse cálculo tenta movimentar-se em direção ao estômago juntamente com a bile, provoca uma dor violenta, quase insuportável, devido à dificuldade para passar pelo duto biliar. Por conseguinte, mesmo os médicos consideram essa doença difícil de curar. Ouvi dizer que, ultimamente, inventaram um instrumento de fio metálico. Os cálculos são extraídos introduzindo-se esse aparelho pela garganta e estômago, mas parece que os resultados não são favoráveis. Entretanto, quando a pedra é pequena, ela desce até os rins e o seu tamanho aumenta com a uréia, que adere à ela, transformando-se em cálculo renal. Aí é problemático, pois, devido às atividades dos rins, as pedras ferem as suas paredes e ocorrerá hemorragia juntamente com a dor forte causada pela permeação da urina. A medicina chama a isso de tuberculose renal.

A pedra vai crescendo gradativamente, e será fatal se ela crescer muito. Nesses casos, a medicina extrai um dos rins, através de cirurgia. Nessa fase a pedra estará bem solidificada e tenho visto até anéis e abotoaduras, feitos de tais pedras; elas apresentam bastante brilho e até parecem uma pedra preciosa. Se essa pedra chegar na bexiga, crescerá da mesma forma que nos rins, e a isso é denominado cálculo da bexiga. Entretanto, o que causa maior problema nesse tipo de doença é quando a pedra enrosca-se na entrada da bexiga; mesmo que ela consiga passar ficará encalhada, desta vez no canal da uretra.

Em ambos os casos, é impedida a saída da urina, que se acumula gradativamente na parte inferior do abdome, intumescendo-a; para isso, os médicos introduzem supositórios, mas isso é eficiente quando se trata somente de obliteração do canal da uretra; no caso da pedra ter entrado no canal da bexiga, isso se torna muito difícil e coloca a vida em risco.

Passarei a descrever a origem do cálculo biliar, mencionado no início. Conforme foi dito anteriormente, as toxinas que são expelidas dos rins, enquanto vão para a parte superior, infiltram-se no interior da vesícula, passando pela parte dorsal desse órgão. A junção dessas toxinas com a bile transforma-se em cálculo. Logo, para alcançar a cura, deve-se dissolver a toxina acumulada na parte dorsal dos rins, que é a sua causa, e fazer ativar os rins para que não produzam urina em excesso, pois não existe outro método mais eficaz do que esse.

Portanto, através do nosso Johrei, as pedras são decompostas com razoável facilidade e, em forma de areia, serão expelidas juntamente com a urina; assim, estará efetivada a cura, em curto espaço de tempo.

 

11) Nevralgia

Mesmo em se tratando de reumatismo, há vários tipos, e estes dependem do local onde surgem; entretanto, geralmente ocorrem nos braços e pernas e, em muitos casos, em ambos os lados da parte intercostal, ao mesmo tempo. Esta doença causa dor apenas nos nervos externos, não afetando o organismo. Porém, há exceções. No caso de osteomielite, sente-se dor interna. A sua causa está na purificação do tóxico de remédio, impregnado nos ossos.

A denominação “nevralgia intercostal”, dada pela medicina, não é correta, pois na realidade é nevralgia das costelas. A sua causa está na impregnação de tóxico de remédio nas costelas. Eles se dissolvem através da purificação e, transformados em catarro, penetram nos pulmões. Nessa ocasião, tocam os nervos, o que gera a dor. Quando a eliminação da toxina é intensa, sente-se muitas dores. Em certos casos, elas chegam até mesmo a dificultar a respiração. Entretanto, o restabelecimento é muito rápido.

Também há casos em que a nevralgia surge em conseqüência da gonorreia. Ela ocorre geralmente nas articulações dos braços; porém a sua cura não é tão difícil.

As nevralgias comuns têm como causa a toxina originada por injeções. Se deixar a purificação atuar naturalmente, suportando as dores, haverá completo restabelecimento.

As toxinas acumulam-se gradualmente num determinado local e, inchando como se fosse um tumor, saem em forma de pus.

Existe também a intoxicação pela injeção que causa dor na pele do corpo todo. Também essa enfermidade pode ser curada facilmente, se deixar-se a purificação atuar de forma natural; porém, o emprego de vários tipos de injeções, na medicina, complica a sua cura.

 

12) Reumatismo

Agora, veremos o reumatismo. Como todos sabem, esta é uma enfermidade que incha e causa muita dor nas juntas dos dedos, braços, pernas, etc., tomando coloração avermelhada. A sua causa está, logicamente, na acumulação de toxinas nas juntas. Muitas vezes o paciente chega a gritar pela insuportável dor e elas são eliminadas através do tumor. Porém, no seu tratamento, os médicos imobilizam a parte afetada. Isso cessa a dor, mas as juntas ficam enrijecidas e imóveis. Então o paciente passará a andar mancando pelo resto da vida, como se fosse um deficiente. É uma doença terrível.

Observando esses pontos, verificamos que a medicina não cura, e sim, tira apenas a dor, muitas vezes deixando as pessoas aleijadas. Entretanto, através do nosso método de Johrei, pode-se obter, de forma totalmente simples e em curto espaço de tempo, a completa cura das doenças. O uso de bolsa de gelo, injeções, aplicações de pomadas e outros remédios dificulta e prolonga a cura das doenças.

As pessoas, além de gastarem muito dinheiro, tornam-se ainda aleijadas. Realmente é um mundo complicado.

Qualquer pessoa poderá se restabelecer totalmente desta enfermidade, em menos de uma semana, se receber desde o início somente Johrei, sem se submeter a outros tipos de tratamentos.