Ikebana

Ikebana (生け花 – “vivificação floral”) é a arte japonesa de arranjos florais, também conhecida como kado (華道 ou 花道) — a via das flores.

A ikebana é originária da Índia, onde os arranjos eram destinados a Buda, e se personalizou na cultura nipônica, que a tornou mais conhecida. Em contraste com a forma decorativa de arranjos florais que prevalece nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor. Enquanto que os ocidentais tendem a pôr ênfase na quantidade e no colorido das cores, dedicando a maior parte da sua atenção à beleza das corolas, os japoneses enfatizam os aspectos lineares do arranjo. A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, caules, folhas e ramos, além das flores. A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adaptadas em função do estilo e da escola.

Existem diversos estilos de ikebana, como Ikenobo, que é o mais antigo, constituindo-se em arranjos com devoção aos deuses, decorados com galhos; Sogetsu, que é um dos estilos mais novos, sendo que até mesmo a Rainha Elizabeth II e a Princesa Diana frequentaram escolas para aprender essa técnica; o estilo Ohara, que é uma montagem de galhos e flores quase que empilhados; e o estilo Sanguetsu, criado por Itsuki Okada, Terceira Líder Espiritual da Sekai Meshiya Kyo e filha do Mestre Jinsai.

Exemplo de ikebana estilo Sanguetsu

Os 7 pontos da Ikebana

Para viver harmoniosamente com a Natureza, que é a eterna fonte da verdadeira alegria do homem, não há como fugir destes sete pontos, que por sua vez são baseados nesta assertiva: “A flor do campo deve ser vivificada como está no próprio campo”, como dizem desde tempos imemoriais os Mestres de Ikebana:

1) Alegria da criação: Quando se vivifica a flor natural ligando a ela nossos sentimentos, consegue-se criar um novo mundo de beleza. Aí o cérebro tem seu desenvolvimento impulsionado, num ritmo ideal.

2) Elevação do senso artístico: Quando as pessoas se emocionam com a beleza, isso é sentido pelo cérebro direito e resulta na criação de um sentimento de amor que, num verdadeiro crescendo, vai por sua vez criar um coração bonito, uma pessoa bonita, uma sociedade bonita.

3) Expansão do sentimento de amor: Ao cultivar o amor e a compreensão do valor da flor natural, está-se desenvolvendo uma personalidade que consegue estender seu sentimento de amor até o outro ser humano; e, de ser humano para ser humano, chegaremos a ter um mundo melhor para nele se viver.

4) Cultivo da espontaneidade: A alegria de cultivar a flor natural vai ativar a parte do cérebro responsável pela espontaneidade, beneficiando a personalidade total.

5) Aquisição de sentimento de entrosamento: O planejamento da combinação do vaso com flor, folha e galho, bem como do contraste ou harmonização das cores, estabelece o balanço do cérebro esquerdo com o direito, característica do homem equilibrado. E isso é importante para o sentimento de entrosamento com nossos semelhantes.

6) Estabelecimento de ritmo: A beleza das vivificações florais tem que ter ritmo, assim como todos nós temos nosso próprio ritmo corporal. Encontrar esse ritmo é vital, pois vai nos trazer felicidade e tranquilidade.

7) Força de concentração: Quando se pratica a arte da Ikebana centralizado, concentrado, poderíamos dizer que, como que inocentemente, desencadeia-se nesse período de abstração um processo purificador do cérebro e, consequentemente, dos sentimentos; isso vem criar uma melhor capacidade de discernimento instantâneo, espontâneo, sem elaboração, que é a intuição – capacidade que o homem tem que desenvolver para enfrentar o futuro.

A ALMA DAS PLANTAS, SEGUNDO AS ESTAÇÕES

Dizem as remotas lendas budistas que a alma das plantas muda de lugar, segundo as estações. E uma das tarefas do artista floral é saber onde se encontra esta alma sutil, durante as quatro estações do ano, a fim de realçar a sua beleza na “Ikebana”.

Assim, na Primavera, quando a alma das plantas repousa serenamente nas pétalas das flores, o artista deve fazer realçar o encanto das flores nas composições.

No Verão, quando esta alma passa a existir na verde frescura das folhas, o artista floral deve dar preferência aos arranjos com menos flores e mais folhas.

No Outono, quando alma das plantas se esconde nos galhos, o artista floral deve preferir os arranjos onde predominem os galhos esguios ou grossos, retos ou sinuosos, mas sempre de formas bonitas e perfeitas.

No Inverno, quando finalmente a alma das plantas se recolhe para dormir tranquiliza nas raízes, é conveniente escolher, como nota principal do arranjo, raízes secas de bonitas formas, aliadas a algumas flores próprias dessa estação.

O MESTRE JINSAI E A IKEBANA

Quando jovem, o Mestre Jinsai quis ser pintor e, mais tarde, profissional de maki-e. Entretanto, não se tornou uma coisa nem outra; seguiu o caminho da Religião. Mas continuou, durante toda sua vida, a dispensar um grande amor à Arte, nunca deixando de apreciar as coisas belas. E entre as coisas belas que estavam mais próximas, amou sobretudo as flores, cultivando-as em seu jardim mesmo quando morou em casas pequenas. Depois que se mudou para o Solar da Montanha Preciosa, cujo terreno era bem espaçoso, iniciou um verdadeiro cultivo, passando a ter flores das quatro estações do ano. Assim, a flor se tornou inseparável de sua vida.

O Mestre Jinsai fazia do tratamento das plantas uma tarefa diária. Sempre que tinha tempo, andava pelo jardim e podava-as, tirando-lhes os galhos supérfluos e dando-lhes um belo formato. Na época em que residia no Solar da Montanha Preciosa, além de flores, começou a vivificar árvores e ervas do jardim em vasos e cestos. Fez uma quantidade infinita de vivificações, durante quase vinte anos, até o final de sua vida. Com base nessa experiência, ensinou a postura com que as flores devem ser vivificadas: “Eu jamais forço o formato das flores; vivifico-as da maneira mais natural possível. Com isso, elas ficam bem vivas, durando bastante. Se mexermos muito, elas morrem e perdem a graça. Sempre que vou fazer uma vivificação, idealizo antes o seu formato, corto as flores e coloco-as imediatamente no vaso, e assim a vivificação fica mais bonita.”

Para vivificar flores num vaso, o Mestre Jinsai levava dois ou três minutos; quando demorava mais, não chegava a gastar cinco. Em meia hora, vivificava mais de dez vasos. Essa rapidez era um dos seus fortes. Frequentemente Ele dizia: “Se ficarmos perdendo tempo, a flor morre. E vivificação feita com flores mortas não é vivificação.”

As pessoas geralmente se preocupam em saber se o material a ser empregado nas vivificações absorve bem a água. Mas o Mestre Jinsai não tinha a menor preocupação com isso. Utilizava qualquer planta da estação. A esse respeito, ele escreveu: “É preciso conversar com as flores e vivificar seu sentimento. Se não fizermos isso, elas não ficam contentes. Não ficando contentes, murcham logo. As flores não gostam de ver negligenciadas as suas características, isto é, de serem arrumadas com muita técnica, como faz a maioria das pessoas.” Assim, talvez porque o Mestre Jinsai vivificasse o sentimento das flores conservando-lhes as características, é que suas vivificações duravam mais que o dobro do normal, causando surpresa a todo mundo. Provavelmente pelo fato de não absorverem muito bem a água, o bordo e o bambu não são muito utilizados pelas pessoas, mas o Mestre Jinsai gostava de usar esse material. Mesmo que nada fizesse no local do corte, deixando-os ao natural por três ou quatro dias, eles custavam a perder o viço. Às vezes, o bambu chegava a durar mais de uma semana, e o bordo, cerca de duas.

O Mestre Jinsai cuidando de camélias na Terra Divina, em 1953

Os materiais empregados pelo Mestre Jinsai duravam bastante, mas não apenas pelo fato de serem vivificados em pouco tempo. Podemos dizer que a causa principal dessa duração era o poder espiritual do Mestre, através do qual a vida das plantas era vivificada ao máximo.

O caso que se segue aconteceu na época em que o Mestre Jinsai residia no Solar da Montanha Preciosa.

Em junho de 1940, Takato Nobumassa foi àquele local participar de uma entrevista. Como ainda era cedo, ficou aguardando na sala de espera. Nisso, o Mestre Jinsai apareceu, para fazer uma vivificação com peônias brancas trazidas por uma dedicante. As flores estavam caídas, sem vigor; entretanto, ele tirou-as da vasilha uma a uma e foi vivificando-as sem dificuldade. Depois que terminou, colocou uma das mãos nas cadeiras e, envergando o corpo para trás, ficou olhando para elas. Nesse momento, Takato viu claramente as peônias irem se erguendo pouco a pouco. Isso levou cerca de um minuto. Ao presenciar o poder espiritual do Mestre, que tão rapidamente fez reviver flores sem vida, ele sentiu um respeito tão grande, que ficou paralisado.

Por volta de 1951 ou 1952, o Mestre Jinsai costumava vivificar as flores a cada três ou quatro dias. No caso de estar em Hakone, ele o fazia logo depois do desjejum, numa sala da Casa de Contemplação da Montanha, arrumada especialmente para esse fim. Um dedicante forrava uma esteira, reunia os vasos e preparava as flores enviadas pelos fiéis e o material colhido pelo Mestre Jinsai. Este, indo para o jardim com uma tesoura na mão, escolhia as flores, cortava-as e imediatamente as colocava na vasilha que o dedicante lhe levava. Fazia isso para que elas ficassem o menor tempo possível em contato com o ar. Assim, depois de colher o material desejado, vivificava as flores de um só fôlego. Ao terminar, dizia: “Leve estas para a sala japonesa; estas, para a sala ocidental”, e assim por diante, dando instruções aos dedicantes sobre o local onde elas deveriam ser colocadas. Nessas horas, ele parecia muito contente.

Em ocasiões especiais, as vivificações das salas japonesas do segundo andar do Museu de Arte de Hakone e a do tokonoma do Palácio da Luz do Sol eram feitas pelo Mestre Jinsai. Em tais oportunidades, ele ia fazê-las no próprio local. Certa vez, encontrando um pé de lírio com algumas flores num canto do Jardim de Bambus, colocou-o no ombro e subiu ao segundo andar do museu, onde o depositou num sobasseiji[1] que havia preparado. Tirou duas ou três folhas e a vivificação ficou pronta. Essas flores, aparentemente vivificadas sem muitos cuidados, combinaram de forma esplêndida com o tokonoma, dando à sala um ambiente de inexprimível alegria.

Em outra ocasião, o Mestre Jinsai vivificou, no tokonoma do Palácio da Luz do Sol, um grande galho de magnólia silvestre das montanhas de Hakone, com algumas flores brancas, também grandes. Usou um vaso de porcelana da mesma cor, feito por Itaya Hazan, artesão que ele apreciava muito. De um lado, o galho estendia-se rente ao chão; do outro, fora vivificado em direção ao céu, de forma bem esguia: Horiuti Teruko, que, tendo ido lá por casualidade, viu essa composição, descreve-nos a emoção sentida naquele momento: “Fiquei tão impressionada com a elegância e a altivez contidas naquela magnífica vivificação feita com magnólias, que cheguei a suspirar. Desde então, nas horas em que estava desanimada, eu sempre me lembrava dela. E como ela me incentivou!”

Itikawa En’nossuke, que se tornou amigo do Mestre Jinsai desde a apresentação teatral que fez no Culto do Outono de 1950, comenta suas vivificações: “O que mais me impressionou, logo que o conheci, foram as flores que enfeitavam a sala. Sempre que eu ia visitá-lo, a seu convite, havia flores no tokonoma, vivificadas por ele mesmo. Eram vivificações diferentes das que se veem comumente. Tinham um aspecto harmonioso, mas apresentavam algo de especial. Talvez sua originalidade decorresse do fato de Meishu-Sama ser uma pessoa superior; entretanto, achei que eram realmente obras de um mestre.”

Campanha de formação do Paraíso por meio das flores

Quando o Mestre Jinsai recebia uma visita, procurava agradá-la ornamentando a sala com obras de arte que ela apreciasse. Por conseguinte, também no caso das flores, não fazia vivificações apenas para si mesmo. Ele se deleitava com a sua beleza em companhia da família, dos fiéis e dos visitantes. Assim, vivificava as flores com grande respeito, e por isso, em toda oportunidade, falava sobre elas. Por exemplo: “Não há pessoas más entre as que amam as flores”, “O Mal não gosta de flores”, “As flores dão boa influência ao Mundo Espiritual”, etc. E elas também serviram de tema para os seus poemas, como os que seguem:

“Quem deseja igualar-se

À beleza das flores,

Possui um coração

Que a elas se assemelha.”

“Quem desvia os olhos

Do sentimento humano,

Da lua, da neve e da flor,

Não possui espírito elevado.”

“Amar as flores

Na primavera,

E o bordo no outono,

É corresponder

Às bênçãos de Deus.”

Em maio de 1949, o Mestre Jinsai escreveu um Ensinamento intitulado “Campanha de Formação do Paraíso por meio das Flores”, no qual orientou: “Vamos nos esforçar para que haja flores no interior das residências, nos locais de trabalho, enfim, em todos os lugares onde houver pessoas, fazendo com que, por meio delas, este mundo se transforme num Paraíso.” E não foi só. Também mandou que se tirassem fotografias coloridas de suas vivificações. Os trinta e nove slides que existem das flores vivificadas por ele são fotografias tiradas em 1953 por Yoshioka Yoji, posteriormente diretor do Museu de Arte de Hakone.

A alteia que o Mestre Jinsai vivificou na Casa de Cerimônia de Chá Monte e Lua, por ocasião da visita de Hashimoto Gyoin

Entre essas fotografias, vemos vivificações coloridas, com um galho verde de bordo e pequenos crisântemos amarelos em nejime[2]; vivificações exuberantes, com buquê de noiva e azaleia; vivificações requintadas, de bambu ornado com campainha; vivificações modernas, com duas tulipas num cesto, etc. As vivificações do Mestre Jinsai possuem as formas mais variadas, mas estão em perfeita harmonia com os vasos. O conjunto é original e, ao mesmo tempo, delicado, descortinando um magnífico mundo de beleza.

As primeiras fotos foram tiradas em 15 de março de 1953, e, na entrevista realizada imediatamente após, o Mestre Jinsai fez uma explanação cujo ponto central era o trecho que se segue:

“Ultimamente têm aparecido vivificações esquisitas. Elas matam as flores, razão pela qual não agradam, mesmo que o formato seja bom. Por isso, é preciso expressar ao máximo as melhores características naturais das flores. Foi para levar ao conhecimento de todos a verdadeira forma de vivificá-las que mandei fazer estes slides. Seja como for, é uma forma revolucionária. Serve como Ensinamento, mostrando a maneira como devem ser feitas as vivificações; além disso, através das flores assim vivificadas a pessoa recebe Johrei.”

A TÉCNICA DE IKEBANA DO MESTRE JINSAI

1 – Escolhendo as flores

Têm-se diferentes flores em cada estação do ano. O melhor é utilizar a flor mais comum da época, quando ela se apresenta em toda a sua pujança. Esse é o procedimento natural. É um despropósito fazer arranjos com flores fora da estação, pagando um preço alto por elas.

 16 de março de 1953

Observe os galhos e, em seguida, o estado do desabrochar da flor. Ela não deverá estar plenamente aberta nem em botão. O ideal é a que está prestes a florir.

 16 de março de 1953

2 – Abastecendo-se de flores

Quanto às flores, o melhor é colhê-las no jardim, embora as compradas na floricultura também sirvam. Deve-se tomá-las nas mãos e arranjá-las num instante. Tal método é ótimo. O mesmo se faz com as herbáceas: junte alguns ramos num feixe, colocando-o instantaneamente no vaso.

 15 de março de 1953

 A durabilidade das flores dependerá de elas terem ou não sido colocadas na água tão logo colhidas. Eu as colho no jardim, acompanhado de um ajudante. Assim que as apanho, coloco-as no balde de água que ele traz. O que não se pode é deixá-las fora d’água depois de colhidas, ainda que por pouco tempo. Ao arranjá-las faça-o num átimo.

10 de outubro de 1953

3 – Vivificar o sentimento das flores, conversando com elas

– Como você absorve bem a água!

As flores não se sentem felizes se não damos vida a seus sentimentos. Não se sentindo felizes, logo murcham. Conversem com ela. Ainda que haja algum galho cuja direção não esteja do seu inteiro agrado, verão que no dia seguinte ele terá adquirido um aspecto diferente.

Vocês ignoram o caráter das flores e se excedem em arranjá-las tecnicamente, coisa que elas detestam.

4 – De forma natural, expressando o lado bom da Natureza

Em se tratando de flores, jamais forço, ou seja, arranjo-as da maneira mais natural possível. Por isso, elas se enchem de vida e duram mais. Se mexermos muito, elas morrem, e não há nenhuma graça nisso.

 5 de agosto de 1953

Em suma, é preciso sempre dar vida ao lado bom da natureza, expressando-o.

15 de março de 1953

5 – Fazer o arranjo ponderando a harmonia entre as flores, o vaso e o ambiente

Há ainda a questão da combinação da flor com o vaso, indo mais além, o arranjo floral deverá estar em perfeita harmonia com o tamanho, a cor da parede e o kakemono do tokonoma, de forma que todo esse espaço se transforme numa obra de arte.

15 de março de 1953

Tome a flor, corte sua haste no comprimento ideal, que não seja nem longo, nem curto, e escolha o vaso que combine perfeitamente com ela.

16 de março de 1953

Prepare o vaso antes de arranjar a flor, defina o ponto em que ambos caem bem, corte a haste e coloque instantaneamente a flor no vaso. No início, não se consegue isso, mas quando se procede com tal intenção, tem-se um bom arranjo. Arranjos assim são excelentes; por serem naturais, suas flores têm vida.

17 de março de 1953

6 – Fazer o arranjo com pouco material, como se fosse uma pintura

Outro ponto a considerar é usar o menor volume de flores possível. Eu me sirvo de bem poucas; trata-se de um estilo pessoal. Faço três arranjos com o material geralmente utilizado para fazer apenas um. Quanto menos flores e galhos dispensáveis, melhor o efeito. Há quem diga que meus arranjos são muito parcos, mas eles ficam melhores assim. Tem gente que mistura uma enorme variedade de flores: não há, porém, nenhum encanto nisso. Fazer um arranjo é o mesmo que pintar um quadro com flores.

17 de março de 1953

7 – A importância de apreciação de obras artísticas para entender de pintura

Há quem, depois de ter cortado a flor, põe-se a mexer e a remexer nela, razão pela qual ela acaba por morrer. Deve-se, pois, fazer arranjo o mais rápido possível.

 16 de março de 1953

Em princípio, concluo meus arranjos em menos de cinco minutos. Quanto mais rápido, melhor, pois assim, as flores vivem.

17 de março de 1953

Assim que cortar a haste num comprimento adequado, arranje a flor imediatamente. Se o efeito obtido não lhe agradou e resolve corrigir, ela morrerá logo. Apenas mude a sua posição ou corte a haste um pouco mais e verá que ela ganha melhor aparência. Não se ponha a mexer nela, jamais.

 1º de outubro de 1953

8 – Arranjar as flores rapidamente, evitando manipulá-las ao máximo

Evite manipular as flores o máximo que puder. Mexendo, estraga-se tudo. Elas irão conservar-se por mais tempo se forem arranjadas com rapidez.

Sem data

9 – Arranjá-las antes que se dê conta de que foram cortadas

A flor sabe. Ela também sente dor quando cortada. Arranjada desta forma, ela estará bem.

1º de outubro de 1953

Há quem, depois de ter cortado a flor, põe-se a mexer e a remexer nela, razão pela qual ela acaba por morrer. Deve-se, pois, fazer arranjo o mais rápido possível.

16 de março de 1953

Em princípio, concluo meus arranjos em menos de cinco minutos. Quanto mais rápido, melhor, pois, assim, as flores vivem.

17 de março de 1953

Assim que cortar a haste num comprimento adequado, arranje a flor imediatamente. Se o efeito obtido não lhe agradou e resolve corrigir, ela logo morrerá. Apenas mude a sua posição ou corte a haste um pouco mais e verá que ela ganha melhor aparência. Não se ponha a mexer nela, jamais.

1º de outubro de 1953

10 – Determine o ponto do corte, corte e arranje com presteza: o resultado será excelente

Em se tratando de flores, jamais forço, ou seja, arranjo-as da maneira mais natural possível. Por isso, ela se enchem de vida e duram mais. Se mexermos muito, elas morrem, e não há nenhuma graça nisso.

Assim, ao fazer um arranjo, determine o ponto do corte, corte e arranje com presteza: o resultado será excelente. Também as flores, como os seres vivos, quanto mais se mexe, mais fracas ficam.

Gosto de fazer arranjos florais, sendo que sempre sou eu quem faz os arranjos em todos os aposentos da casa.

17 de março de 1953

As flores exercem influências positivas no mundo espiritual. As flores lindas, as paisagens bonitas, tudo isso Deus não criou à toa, foi criado justamente para alegrar os homens. Mesmo as coisas deliciosas também foram criadas para alegrá-los. Por isso, os que comem as comidas sem sabor, e se vestem mal, estão contrariando a vontade de Deus. Edificar o Paraíso, que é o mundo da Verdade, do Bem e do Belo…E o que é exatamente o Belo? Morar numa casa bonita, vestir roupas elegantes, comer bem…Isso é o belo, não acham? A prova mais relevante é a de que o espírito do mal odeia as flores. É por esse motivo que eu digo que se deve enfeitar as salas com flores. Como podem ver, há flores enfeitando o tokonoma; oferecer flores aos mortos também esse sentido. As flores exercem influências positivas ao mundo espiritual. Na minha casa, há flores praticamente em todos os cantos. Em breve gostaria de apresentar um artigo sobre a flor. A causa do núcleo que não progride é o que foi citado; pensando assim, entenderão melhor.

 Registro de Palestras – maio de 1949


[1] Vaso chinês de porcelana esmaltada das Eras Ming e Shin. Tem uma cor verde-escura um pouco amarelada.

[2] Material que se coloca na base dos ramos principais para dar graça e, ao mesmo tempo, fixá-los.

EXCLUSIVO!

Galeria completa do Mestre Jinsai colhendo camélias no jardim do Shinsen-kyo, em Hakone, em 28 de outubro de 1953!

O fotógrafo Yoshio Watanabe, presidente de honra da Associação de Fotógrafos do Japão, foi especialmente convidado pelo presidente do Museu de Arte de Hakone para tentar captar os momentos de contemplação, carinho, decisão e respeito à Natureza que envolveram uma única atividade antecedendo a realização de uma Ikebana.

Veja aqui as fotos coloridas das Ikebanas do Mestre Jinsai!

Leia aqui o Ensinamento “Campanha de formação do Paraíso por meio das flores!”

Leia aqui o Ensinamento “A minha vivificação floral”!

 

 

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