Pseudônimos

Durante Sua vida, Meishu-Sama adotou muitos pseudônimos, de acordo com a ocasião de uso e a época.

Jikan

A partir de 1934, Meishu-Sama abandonou o Seu sinete Kiguetsu (que significa “Sol e Lua” e representa a ação de Kannon), passando a usar Jinsai para os textos relacionados ao Johrei e aos tratamentos médicos e Jikan para as obras de caligrafia feita a pincel. Os fiéis, que até então O chamavam de Sensei (Mestre), passaram a chamá-Lo de Dai Sensei (Grão-Mestre).

Jikan significa o ” próprio Kannon ” (ji = jibun = próprio, Kan = Kanzeon). Ji é, na verdade, a própria pessoa em si, e Kan é contemplação. Portanto, ” Jikan ” significa introspecção, a auto-observação interior, ou melhor, a observação que o “eu” faz dos próprios estados internos.

Assim, Ele Se apresentou como Kanzeon Bossatsu.

Jinsai

Jinsai era o nome que o Mestre usava para assinar os textos relativos ao Johrei, o principal foco de todas as atividades de Salvação pregadas por Ele.

O nome, cujo significado é “Misericórdia e pureza de coração para adorar a Deus”, foi usado por Meishu-Sama de 1934 a 1936.

Os textos sobre Johrei podem ser vistos na seção Johrei, em Ensinamentos.

Akemaro

“Akemaro, que utilizo como nome para compor as waka, etc, foi escolhido pelo seguinte: a data de nascimento do Príncipe Herdeiro é 23 de dezembro de 1933, e o dia e mês são o mesmo do meu nascimento. Nunca me esquecerei, no dia 23 de dezembro de 1933, a incentivo dos membros, fiz a primeira comemoração do meu aniversário, desde que havia nascido. Assim, em comemoração ao nome do príncipe que havia sido anunciado como Akihito, escolhi o nome de Akemaro.”

Akegarassu

Akegarassu era o nome que Meishu-Sama usava para a composição de poemas kanku (poema derivado do haikai).

No kanku, tal como no haikai, os pés métricos são dezessete, distribuídos em três versos, dos quais o primeiro e o terceiro são pentassílabos, e o segundo, heptassílabo. Trata-se de um jogo de palavras onde só é determinado o primeiro verso, e as pessoas têm de completar os dois seguintes, para competir nas habilidades de agilidade mental e humor. Existe, ainda, o toku, no qual se determina o último verso. Oficialmente, esses dois tipos de poemas são denominados kantoku; entretanto, parece que, popularmente, quando se fala em kanku, subentendem-se as duas formas.

Por volta de 1923, quando o Mestre retornou à Oomoto, essa Igreja desenvolvia uma intensa atividade literária, como parte da Obra Divina. Em 1927, ela fundou a Editora Meiko e começou a publicar uma revista mensal de poesia waka e kanku, chamada Meiko. Imediatamente, o Mestre Akegarassu passou a enviar Seus poemas para essa revista. Eram composições de conteúdos diversos: poemas religiosos que expressavam a busca de Deus, poemas que retratavam a natureza, poemas que cantavam os sentimentos humanos, e também poemas românticos. Eles revelavam o coração do Mestre, que, em todos os aspectos de Sua vida, nunca Se fixava em um só ponto.

Seguem-se alguns exemplos das composições do Mestre Akegarassu:

“Graciosa é a andorinha

Que, determinando

O canto do telhado

Como sua eterna residência,

Vai e vem voando.”

“Meu amor tornou-se

Algo impossível,

E conversar com ela

É um sonho raro.”

“Chuva de verão

Que reanima pessoas,

Animais e outros seres

Abatidos pelo intenso

Calor do Sol.”

Shin-no-Sei

Este era o nome utilizado pelo Grande Mestre para desenvolver Seu trabalho no método agrícola sem fertilizantes.

Já durante a Segunda Guerra Mundial, portanto, o Mestre havia criado o método agrícola sem fertilizantes e estabelecido a técnica de cultivo, mas a divulgação efetiva desse método só foi iniciada após a guerra. Em dezembro de 1948, foi publicado o primeiro número da revista Tijyo Tengoku e, nele, Meishu-Sama, sob o pseudônimo de Shin-no-Sei, publicou pela primeira vez um artigo sobre o assunto, intitulado O cultivo sem fertilizantes. Mais tarde, publicou várias revistas que davam enfoque ao novo método e empenhou-Se em divulgá-lo, de modo que ele se expandiu gradativamente por todo o país. A partir de outubro de 1950, foi definido o nome do método:  “Agricultura Natural”, ficando decidido desenvolver essa atividade separadamente das atividades religiosas. Nessa ocasião, o Mestre compôs vinte e sete poemas com o tema “Maná da Vida”. Citamos dois:

“Chegou a hora

De salvar os agricultores

Respeitados como grande tesouro

Desde os tempos antigos.”

“Que tolice pesquisar

O tão profundo Mistério do solo

Através da tão supérflua Ciência!”

Meishu

Até 04 de fevereiro de 1950, o Mestre era chamado pelos Seus discípulos de “Dai Sensei” (= Grande Mestre). A partir desta data, seguindo a orientação divina, Ele mudou Seu nome para Meishu-Sama (O Senhor da Luz). Mei significa “Sol e Lua”, e Shu significa amo, dono, senhor.

Desta forma, a junção de Sol e Lua (ou fogo e água) gera a Luz, referência ao poder por Ele possuído pelo Nyoi-no-Tama, a Bola de Luz outorgada a Ele por Kanzeon Bossatsu.

Messias

No dia 5 de junho, os dirigentes de Igrejas e os principais ministros foram chamados ao Solar da Nuvem Esmeralda, em Atami, para uma breve entrevista com o Mestre Jinsai; era a primeira, desde o início de sua purificação, em abril. Nessa ocasião, ele disse: “Fala-se sobre a vinda do Messias, não? Pois o Messias* nasceu. Não são apenas palavras; é realidade mesmo. Eu próprio fiquei surpreso. E não se trata de renascer, mas de nascer novamente. É esquisito nascer depois de velho, mas o mais interessante é que minha pele ficou delicada como a pele de um bebê e, além disso, como podem constatar, surgiram-me estes cabelos pretos. Ao vê-los, o barbeiro disse que parecem cabelo de criança. Os fios brancos foram sumindo gradativamente e só nasciam fios pretos. (…) Esse Messias tem a posição mais elevada na hierarquia do mundo. No Ocidente, ele é considerado o Rei dos Reis. Assim, a minha vinda se reveste da maior importância, pois, graças a ela, a humanidade será salva.

Dez dias depois, ou seja, em 15 de junho de 1954, foi solenemente realizada no Templo Messiânico, que estava noventa por cento pronto, a Cerimônia de Comemoração Provisória da Vinda do Messias. Nesse dia, o estado do Mestre Jinsai não era bom, tendo ele subido ao Altar com muito custo, ajudado por terceiros. Como ficaram sabendo que poderiam encontrá-lo, depois de dois meses sem vê-lo, os fiéis ali se reuniram em número superior a dez mil, provenientes de todo o país. Era a primeira vez que o Mestre aparecia em público desde o início de sua purificação. Estava todo vestido de branco e fez uma saudação bem simples. Nessa oportunidade, o Presidente da Igreja, Okussa Naoyoshi, comunicou aos presentes a deliberação de chamá-lo, dali em diante, pelo nome Meshia Sama (Messias) e não mais Meishu-Sama.

Após dois meses de purificação, o Mestre Jinsai sentira-se firmemente convicto de que era hora de mostrar abertamente a Verdade, ou seja, que ele viera ao mundo com a missão de salvá-lo. Achou que os fenômenos misteriosos representados pelas linhas que lhe apareceram na mão e pela mudança observada em seu cabelo indicavam a chegada desse momento. Assim, nos dois meses que sucederam a Comemoração Provisória da Vinda do Messias, revelou a toda a sociedade o advento do Salvador do Mundo, apresentando-se ele próprio como sendo o Messias.

* Relacionando-se ao conceito cristão e judaico de Fim do Mundo (semelhante ao conceito budista de Fim das Leis), surgirá um Salvador que salvará o mundo e o fará renascer. Esse Salvador é chamado de Messias; no budismo, segundo se presume, corresponde a Mirokubutsu.

 

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