CAPÍTULO 35 – JUÍZO FINAL

Vim, até agora, escrevendo da forma mais minuciosa possível sobre os erros da medicina contemporânea e sobre como deve ser a verdadeira medicina. Por isso, creio que puderam entender, de um modo geral. Entretanto, isso não corresponde à totalidade, pois o que vim explicando até agora correspondia, principalmente, à parte física, ou seja, material. Portanto, podemos dizer que é a metade. Por conseguinte, se não compreenderam fundamentalmente a outra metade, não entenderão a verdadeira medicina, em sua totalidade.

Dentro daquilo que já expliquei, presumo ter escrito bastante sobre a existência do espírito, sobre a sua natureza e sobre a influência que ele exerce, mas foram explicações diretas sobre a doença em si. O que explicarei agora constitui tudo o que se refere ao espírito, a parte interna do homem. Consequentemente, uma vez que diz respeito ao espírito que é relacionado intrinsecamente à religião, o assunto se estende à própria religião e atinge também a natureza do Espírito Divino. No final, essa teoria transformar-se-á em religião, mas muito diferente das religiões tradicionais do tipo de fé farisaica. Nem é preciso dizer que é diferente também da forma explicativa esotérica e misteriosa, como o são os sutras, a bíblia, o Ofudessaki (livro de ensinamentos da religião Oomoto), etc. Minha teoria é sempre lógica e positivista, e podemos dizer que, ao contrário daquelas, é também científica e filosófica. Por isso, os homens contemporâneos, lendo-a compenetradamente, não deixarão de compreendê-la e sentir ressonância. Em outras palavras, podemos dizer que ela é a natureza do profundo e delicado Mistério, o qual, sendo elevado e inatingível, as pessoas temiam tocar.

Vou explicá-lo integralmente, porque, até o presente, a maioria das coisas religiosas e metafísicas estava coberta pela cortina do mistério, e a sua natureza não estava esclarecida. Por isso, como não se sabia a natureza do ente que chamamos Deus, quase ninguém, exceto algumas pessoas, acreditava, por exemplo, na Sua existência. Como resultado, a ciência material tornou-se alvo de crença absoluta, até que todos se enganaram, pensando ser Verdade o que não era, e passaram a não saber sequer distinguir o que serviria para dar felicidade à humanidade; foi utilizada por Satanás, acabando por se transformar em instrumento que deu origem à infelicidade, ao contrário do seu objetivo primeiro. Como resultado, ela manifestou o mundo de doenças, deu origem ao sofrimento econômico e criou a causa da guerra; por isso, através desses fatos, podemos ver que, para salvar esse mundo cheio de sofrimentos, é preciso, antes de mais nada, desvelar a Verdade Pura e fazer com que a humanidade e, principalmente, os povos civilizados e os intelectuais, conscientizem-se dela. Esse é o elemento fundamental, que fará nascer a verdadeira cultura. Afirmo que não existe absolutamente outro além desse.

Nesse sentido, para primeiramente esclarecer os erros da medicina, escreverei a Verdade tal qual se revela, através do espelho da verdade. Por isso, não há absolutamente nenhum erro no que digo. Eu, pessoalmente, nada tenho contra a medicina, mas, perante a necessidade de salvar a humanidade, é inevitável que o faça. Consequentemente, se por um acaso eu não o fizer, é claro que alguma outra pessoa o fará, por ordem divina. Isto porque, como sempre digo, além da chegada do tempo, a ação da vontade Divina de Deus (Jeová) é não permitir nenhum adiamento, e, por isso, o Juízo Final já está prestes a chegar. Então, Deus começou, em primeiro lugar, a fazer o Juízo sobre a medicina, e essa é a missão que me foi confiada. Isto porque, como já disse, a solução da vida humana é a condição fundamental da cultura. Consequentemente, para fazer com que o problema seja compreendido, é preciso que ele seja explicado de forma adequada à época, de forma que os homens modernos possam compreendê-lo. Uma vez que ela é uma Verdade inédita, isso se faz ainda mais necessário.

Por tudo isso, este livro é uma grande contribuição cultural nunca vista em toda a história. Na posição de quem recebeu essa grande incumbência, não consigo expressar, nem por palavras e nem pela escrita, o peso de minha responsabilidade.