AFINIDADE COM O ESPÍRITO PROTETOR SECUNDÁRIO

Pergunta: Quando uma pessoa reencarna, seu Espírito Protetor Secundário¹ será o mesmo que o da encarnação anterior? Também, caso não seja o mesmo, quais as diferenças podem existir entre eles?

Meishu-Sama: Tratando-se de reencarnação, o Espírito Protetor Secundário se afasta após a morte, então quando a pessoa reencarnar o Espírito Protetor Secundário não será o mesmo. Além disso, em alguns casos o Espírito Protetor Secundário permanece com a pessoa [no Mundo Espiritual] mesmo após a morte, mas após um tempo ele se afasta definitivamente.

O Espírito Protetor Secundário pode ser de um ser humano que decaiu ao nível de espírito animal, ou de algum animal da região onde a pessoa nasceu. No Japão é comum ser de raposa ou tanuki². Caso o nível espiritual da criança seja baixo, o nível do Espírito Protetor Secundário que assenta nela também é baixo. Isto depende das máculas de seus ancestrais. Se houver muitas máculas, então o Espírito Protetor Secundário que assentará será correspondente a este baixo nível espiritual.

¹ No Original, Meishu-Sama referiu-se ao Espírito Secundário como FUKUSHUGOJIN, que ao pé da letra significaria algo como “Entidade Guardiã Secundária”. Optamos por manter a tradução como Espírito Protetor Secundário por considerarmos de mais fácil entendimento.

² TANUKI é um animal típico japonês da família dos canídeos. Ganhou uma classificação mais precisa do termo “tanuki” a partir da Era Edo (1603-1868). Faz parte da mitologia japonesa desde os tempos antigos, tal qual a raposa, sendo também um mestre nos disfarces e troca de forma. Contudo, suas histórias apresentam um tom mais descontraído, atrapalhado e divertido. Por ser associado a este perfil mais despojado, o tanuki também aparece em expressões da língua japonesa como TANUKI OYAJI (velho astuto) e TANUKI NEIRI (sono fingido). O termo tanuki veio sendo traduzido como texugo até o momento, mas o correto é cão-guaxinim. Contudo, como também é um ser mitológico, acreditamos que o mais adequado seja manter o termo na língua original.

Chijo-Tengoku n°6 – 20 de Julho de 1949

Traduzido pela equipe do Jinsai.org