062 – A CIVILIZAÇÃO EM ERAS ANTERIORES

Pergunta: Como foi o desenvolvimento da civilização na última Era do Dia?

Meishu-Sama: Não se sabe claramente. Existem muitas teorias a este respeito. É dito que os aviões voavam sem motores, como os chamados AMANOTORIFUNE[1]. Nos registros da Amatsukyo²[2], consta que o Japão era o país mais importante do mundo e que o Koutaijingu[3] foi construído em uma montanha alta. O santuário principal tinha por volta de 400 ken de frente e cerca de 500 ken de fundo (aproximadamente 727 por 909 metros). Dizem que as ruínas estão no Monte Tate na província de Etchu[4]. A princesa Konohanasakuya[5] construiu um em cima do Monte Fuji. No alto das montanhas, em sua maioria haviam santuários. Hoje existem templos no alto das montanhas que dizem ser ruínas desses lugares. Uma vez por ano vinham mensageiros do mundo todo ao Japão trazendo tributos. Esses visitantes eram chamados de "povos das cinco cores". Naquela época, eles vinham utilizando-se do TORIFUNE. Portanto, podemos dizer que a civilização era desenvolvida. Todavia, não dá pra se ter certeza dessas informações, e também não existem meios de saber isso.

De qualquer forma, sem dúvida houve uma Era do Dia. É uma questão apenas de se pensar em termos de longo prazo ou curto prazo. Três mil anos ou dez mil anos. (Meishu-Sama em sua revelação fala de dezenas de milhares. Ele conhecia a história desde 500 mil anos atrás. Foi mais ou menos nesse período que a humanidade ficou pronta. Era uma época em que as espigas de arroz produziam apenas 56 grãos). Como na antiguidade havia muitas inundações, os santuários eram construídos em lugares altos. É dito que a princesa Konohana foi uma imperatriz e isto é realmente provável.

A mais curta das mudanças de Eras ocorre a cada três mil anos.

17 de janeiro de 1949

Traduzido pela Equipe Jinsai

[1] Amanotorifune: literalmente pode ser traduzido como “navio-pássaro celeste”, comumente simplificado por TORIFUNE (navio-pássaro). Consta no Kojiki que se trata de uma divindade criada por Izanagi e Izanami durante a formação do Japão e, dependendo da ocasião, a divindade poderia atuar simplesmente como um meio de transporte.

[2] Amatsukyo: religião japonesa derivada do xintoísmo, fundada em 1900 por Takeuchi Kiyomaro, também conhecido por Ōmaro (1874-1965). Esta religião é baseada em antigas escrituras chamadas de Takeuchi Monjo, cujos fiéis acreditam conter a história do Japão e a linhagem de suas divindades.

[3] Koutaijingu: também chamado de Naiku, é um templo xintoísta dedicado à divindade Amaterassu. É o santuário principal do Ise Jingu, um complexo que conta com mais de cem templos no total. É dito que em Naiku se mantém o YATANOKAGAMI (Espelho Sagrado), um dos três tesouros imperiais do Japão.

[4] Etchu: antiga província do Japão, a atual prefeitura de Toyama.

[5] Princesa Konohanasakuya (Florescimento das Árvores): ou simplesmente Konohana. Consta no Kojiki que é a filha de Oyamatsumi-no-Mikoto (Deus Regente das Montanhas), esposa de Ninigi-no-Mikoto (neto de Amaterasu) e teve seus filhos em um castelo consumido pelo fogo, dando origem à família imperial do Japão. Originalmente, segundo o Kojiki, Konohana era considerada Deusa de todos os vulcões do Japão, tendo sua devoção e ligação com o Fuji ao ser clamada de “filha do deus das montanhas”, para proteção de erupções mortais, assim como protegeu seus filhos do fogo durante o parto.

 
 

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