A PAVOROSA LIBERDADE JORNALÍSTICA

Quem vê este titulo talvez ache estranho, mas, para nós, não temos outra alternativa a não ser assim dizer. Isto é, sobre o artigo perversivo, cheio de ridicularizações, desprezos e censuras contra a nossa Igreja, que fora publicado em recente número do Jornal Yomiuri, que há algo inaceitável como ato de um jornal sob o governo democrático. Além disso, a grande maioria do conteúdo do artigo fora tomada pela invenção e falsidade, e sofro em interpretar onde está o intuito deste jornal.

As vozes que cantam a liberdade da imprensa estão repletas nesta Semana de Jornal e em todos os âmbitos, e nós também estamos repletos de vontade de levantarmos ambos os braços conjuntamente, mas, na realidade, como sou uma das pessoas prejudicadas pela liberdade da imprensa, não posso deixar de hesitar. Nem preciso dizer que é porque perturba um grande número de fiéis em relação à nossa Igreja, fere o crédito perante a sociedade, e estorva-se o progresso. Sofro para interpretar como pensar sobre esta atitude deste jornal.

Além disso, o presidente da Empresa Jornalística Yomiuri, o Sr. (   ) Baba,. é o Presidente da Associação Jornalística do Japão. E dentre o lema dessa Associação, diz: “O jornalismo liberal e o absolutista não convivem", mas a atitude desta vez, deste jornal, não é nada mais além de um absolutismo.

Historicamente, até hoje, nos casos em que os órgãos de imprensa fazem críticas às novas seitas, na maioria deles, terminavam em aceitação sem reclamação das partes prejudicadas e, aproveitando-se disso, aceitam cegamente as cartas unilaterais, enviadas pelos leitores ao jornal, e escrevem os artigos não se realizando nenhuma investigação. Nessa antidemocracia, há algo de imperdoável. É a atitude em que desconsidera totalmente quão grande prejuízo causara por causa disso.Não há nenhuma diferença com um homem poderoso que, fazendo mal uso da grande prerrogativa que é o jornal, ameaça a sobrevivência dos fracos. Creio que devem repensar no motivo do Marechal MacArthur enfatizar a liberdade de crença, inicialmente, dentre o lema da política democrática.

O Sr. (...), proprietário da empresa "The New York Times", desta vez, disse que "Na liberdade, ao mesmo tempo, deve-se acompanhar a responsabilidade". E para com o resultado do ato em que o Jornal Yomiuri, escondendo-se na sombra da liberdade, causara danos à nossa Igreja, nós exigimos que se responsabilizem. Eu devolvo a expressão: "Abuso da liberdade de crença", que diz este jornal, como: "Abuso da liberdade de imprensa". É claro que é uma perfeita ransgressão ao código de imprensa. Portanto, denunciei o Jornal Yomiuri e duas pessoas que deram informações falsas.

Nós, como religiosos, não gostamos, realmente, de apelar à lei, mas como as fagulhas veem caindo sobre nós, não podemos deixar de dissipá-las, e como o nosso objetivo é minimizar o mal social e tornar a sociedade numa verdadeira sociedade democrática mais alegre e mais agradável para se viver, para com o seu obstrutor, não podemos deixar de usar a espada desencantadora do Mal.

E que a correção do mal da imprensa, que hoje em dia tem a maior importância como condutor do povo, creio também que é cumprir a missão como uma religião.

Jornal Hikari nº 32 - 22 de outubro de 1949

 
 

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