A QUESTÃO DA IUGOSLÁVIA-ITÁLIA E DA INGLATERRA-HOKKAIDO

Pergunta: Recentemente, temos visto a questão Iugoslávia-Itália[1] e a questão Inglaterra-Hokkaido. Há algum significado nesses acontecimentos?

Meishu-Sama: O problema da Iugoslávia e da Itália é uma questão de menor significado. A Iugoslávia é pequena, um pouco maior que a ilha de Shikoku. A população iugoslava não é tão grande. Três quartos da Iugoslávia são compostos por italianos e um quarto por iugoslavos, então é inevitável que os italianos queiram seguir seu próprio caminho. O problema em Hokkaido é um caso de espionagem, então também é um problema menor. Há muitos incidentes como este. Só se tornou um problema porque não saiu como planejado. Você não precisa ir até Hokkaido para encontrar casos como esse. Há muitos no centro de Tóquio. Esses casos não são conhecidos porque os envolvidos não são pegos. Em outras palavras, aqueles que pegam espiões têm sabedoria e os espiões que são pegos não têm sabedoria. Até agora, os sete executivos do Partido Comunista do Japão não foram pegos e isso porque a sabedoria daqueles que não foram pegos é de um nível superior.

01 de setembro de 1953

Registro de Instruções Ed. 24, de 15 de setembro de 1953

Traduzido pela Equipe Jinsai

[1] Em 26 de abril de 1915, o Reino da Itália assinou secretamente o Tratado de Londres com membros da Triple Entente. De acordo com o pacto, a Itália deveria declarar guerra contra a Tríplice Aliança; em troca, ela receberia a Ístria, o norte da Dalmácia e poderia estabelecer um protetorado na Albânia. O Reino da Sérvia, que havia sido informado do acordo, aceitou que a Itália recebesse essas terras austro-húngaras. Em março de 1918, Ante Trumbić, do Comitê Iugoslavo e a representante italiana Andrea Torre, assinaram um acordo que afirmava claramente que a futura fronteira entre o Reino da Iugoslávia (a união do Reino da Sérvia e do Estado da Eslovênia, Croatas e Sérvios) seria decidida de maneira democrática. Após a conclusão da Primeira Guerra Mundial e a desintegração da Áustria-Hungria, a grande maioria da Dalmácia tornou-se parte do recém-formado Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (mais tarde renomeado como Reino da Iugoslávia).

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