O MILAGRE DE OTESHIRO

Como foi mencionado no número anterior, Meishu-Sama começou a dar tratamento através do kototama. Embora falasse simplesmente o seu kototama, “Suma-te, dor” ela de imediato sumia; mas o que ele desejava, principalmente, era a eliminação das toxinas. Por isso deixou o tratamento através de kototama, e voltou novamente ao tratamento normal. Naquele tempo Meishu-Sama não tinha o amuleto que teve depois. Então, em um leque OTESHIRO, que era substituto da mão de Meishu-Sama, escreveu: “Leque que purifica todo o espírito e a matéria do Universo” e afixou o dorso com um papel japonês fino, colocando o seu nome artístico Kigetsu (Lua resplandecente), escrito em letras grandes. Eu o recebi com gratidão diretamente das mãos de Meishu-Sama, em 11 de outubro de 1930. Fiz uma bolsa bordada com fios-dourados e o guardei colocando-a junto ao peito. Assim, me foi concedida a permissão de tratar os enfermos. Normalmente, nós, os discípulos, não dávamos tratamento, mas com este OTESHIRO se curavam muito bem os enfermos. Em 15 de junho de 1931, Meishu-Sama, acompanhado de sua esposa e numerosos fiéis, partiu para o Templo Nihon-ji, localizado-em Boshu, para receber Amaterassu Oomikami.

Nessa manhã, levantei-me às quatro horas e, enquanto fazia a limpeza, vi um fenômeno estranho: tudo estava nublado; mas havia uma linha reta de, aproximadamente, vinte e quatro centímetros de largura, que dividia o espaço em dois, e por aí aparecia o azul do céu. Como pensei que fosse um fato divino, contei a Meishu-Sama, logo que ele regressou naquela noite. Ele me respondeu: “Você não foi conosco, mas Deus considera como se tivesse ido. Por isso teve a visão dessa maravilha.” Ao ouvir suas palavras, me dei conta, impressionado pela profundidade do amor de Deus. Esse dia me ensinou que o fato da França ter se rendido era um resultado de afinidade espiritual. Naquela época, a sobrinha de meu irmão de Ginza, Mihoko Ooki, estava enferma do pulmão e começou a tossir escarros de sangue. Assim, pedi a Meishu-Sama que a curasse e logo ela melhorou. Por isso, ela também se tornou membro. No dia 1° de janeiro de 1932, meu irmão de Ginza, ao ver a sua sobrinha com uma medalha presa em seu peito, perguntou-lhe o que era. Eu respondi que era a imagem do Deus Kannon. Então, com violência, arrancou a medalha e jogou num braseiro, dizendo: “Como consegues usar esta porcaria?”

Após isto, iniciou a lançar impropérios e calúnias contra a Associação, dizendo coisas realmente desrespeitosas e lançando pragas a Meishu-Sama até ir embora, mais tarde. No entanto, na manhã de 02 de janeiro, seu filho primogênito, que repousava em Kamakura devido à enfermidade de pulmão, sentiu-se muito mal, repentinamente, e veio a falecer. Os empregados que conheciam o caso, porém que não tinham fé, ficaram inquietos e diziam: “Foi um castigo do Deus Kannon.” Após este acontecimento, cada vez que o meu irmão falava do Deus Kannon ou de Meishu-Sama, imediatamente sofria de um castigo. Apesar de tudo isto, o meu irmão, como era antirreligioso, não se regenerou.

Ademais, Meishu-Sama abriu o caminho para um futuro triunfal a partir de um protótipo pequeno. Ainda que o protótipo fosse sumamente pequeno, o triunfo que se alcançaria posteriormente seria muito grande. O esforço com que se dedicou para salvar a humanidade foi verdadeiramente memorável.

Okaniwa Shinjiro

Conselheiro Adjunto

 

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