GOSHOTENSAI – CULTO DA ASCENSÃO DE MEISHU-SAMA

Na tarde do dia 9 de fevereiro de 1955, depois de ter dado instruções sobre a construção em Atami e também sobre a reforma do anexo do Museu de Arte de Hakone e a preparação de sua reabertura, ele foi para a sala de visitas, onde ficou muito tempo olhando fixamente para as velhas ameixeiras vermelhas e brancas, que estavam em pleno florir, e para as flores de cerejeiras "hikan". No silêncio do Solar da Nuvem Esmeralda, em cujo jardim batia o fraco sol do início da primavera. O que estaria pensando o Fundador enquanto apreciava as flores? Pensaria na sua vida que teve início num ponto de Asakusa ou no futuro da Obra Divina? Eis um enigma indecifrável.

A última crise do Fundador teve início exatamente nesse momento. Ele falou que estava sentindo algo anormal no peito e, quase carregado pelos dedicantes, foi levado para o quarto. Deitado na cama, dormia, acordava e voltava a dormir. No amanhecer do dia 10, Meishu-Sama entrou em coma. Desde a noite anterior, o Presidente Okussa e os demais diretores permaneciam reunidos à sua cabeceira, orando pelo seu restabelecimento mas, às 15h 33m, ele encerrou sua vida, aos setenta e dois anos. Pela manhã, como continuava em perigo de vida, tinham-se enviado telegramas a todos os dirigentes de Igreja do país, com a seguinte mensagem: "Venha urgente à Sede Geral". Recebendo esses telegramas e imaginando o que havia acontecido, todos eles vieram apressadamente para Atami.

A Sua ascensão foi anunciada aos órgãos de comunicação, pelo Presidente Okussa Naoyoshi, às 18h do mesmo dia, sendo transmitida ao país inteiro no noticiário das 19h.

No dia 11, apesar de ser fevereiro, o mês mais frio no Japão, o corpo do Fundador ainda permanecia quente e seus braços e pernas estavam macios. Os dedicantes hesitavam em colocá-lo no caixão, pensando que a qualquer momento Ele iria reviver e abrir os olhos.

Ante o inesperado acontecimento, os diretores da Igreja realizaram, na mesma noite, uma reunião de emergência. Ficou decidido realizar o Culto de Sepultamento no dia 17 de fevereiro e construir o Sepulcro Sagrado na Terra Divina de Hakone, para aí enterrar o corpo do Fundador. Mais tarde, soube-se que, misteriosamente, o local escolhido coincidia com o lugar onde Ele dissera a alguns discípulos e dedicantes que deveria ser construída sua morada eterna. Tomando conhecimento de que, em 1954, no seu último verão em Hakone, o Fundador falara a um dedicante que, em breve, estaria residindo ali para sempre, as pessoas relacionadas àquela decisão novamente foram tocadas pela sensação de mistério.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *